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O NO TREINAMENTO “O Ironman não é apenas um esporte,
O triatleta e treinador ribeirão-pretano Rafael Falsarella conquis- é também um estilo de vida! Acredito
que a maioria dos praticantes tenham
tou, recentemente, uma vaga para o Mundial de Ironman, que será uma vida social intensa. O segredo é
realizado em Kona, no Havaí, em outubro deste ano. Para alcançar saber conciliar a vida pessoal com os
esse tão desejado sonho, Falsarella treinou muito e cumpriu a prova treinos. Com equilíbrio, o esporte e a
Ironman Florianópolis 2017 em 9 horas e 4 minutos, ficando em oi-
tavo lugar em sua categoria – e em 35º no ranking geral. vida se tornam fantásticos”

A colocação alcançada pelo atleta foi reflexo de seu excelente Adriano de Camargo Peixoto,
preparo. Falsarella explica que treinou de domingo a domingo triatleta e advogado
durante 6 meses, com uma média de 30 horas semanais. “Di-
vidia esse tempo entre natação, ciclismo, corrida, musculação, 41
pilates e fisioterapia”.

Patrícia Barros também se destacou na edição de Florianópolis
deste ano, ficando em 3º lugar em sua categoria e se classificando
para a prova em Kona. No entanto, a esportista alerta que após
provas tão longas como o Ironman é preciso que o atleta “tenha
cuidado quando voltar aos treinos e não errar na recuperação,
para que a retomada seja produtiva”.

Diferente dos outros competidores, Adriano de Camargo Peixoto
está se preparando para enfrentar o Ironman Cozumel, que aconte-
ce no México, em novembro deste ano. “Já completei duas vezes o
Ironman Florianópolis e uma vez o de Fortaleza. Fiz também diver-
sas outras provas de triátlon de distâncias menores”, conta.

COM OS OLHOS NO HAVAÍ
O campeonato mundial de Ironman em Kona é conhecido como

uma das competições mais difíceis e exigentes, sendo temida até
mesmo pelos próprios triatletas de elite. As condições da prova são
muito adversas, somando quase 4km de natação em mar quente e
mexido, aproximadamente 200km de pedalas no meio do deserto –
em estrada íngreme e com vento forte e constante – e uma maratona
sob sol inclemente.

Está é a primeira vez de Patrícia em Kona, e mesmo já tendo com-
petido em mais de 50 provas, a triatleta diz que é “praticamente
impossível prever uma colocação na competição do Havaí. São, em
média, 100 mil atletas disputando 2.500 vagas. Estaremos entre os
melhores atletas do mundo”.

Já para Falsarella, a meta nesta prova é ficar entre os 100 melhores
da sua categoria. No entanto, o esportista revela que não irá mudar
muito a sua rotina de treinamento para Kona. “Apenas intensificarei
os treinos por ter um tempo mais curto para me preparar”.

Ainda sobre a competição no Havaí, Patrícia comenta que esta
será a “prova mais emocionante da minha vida, a mais esperada e a
mais desejada. Chegar naquele pórtico será a realização de um so-
nho que já 17 anos parecia ser apenas para super-heróis”.
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